O tempo dos mais novos
Decididamente, o começo da temporada em Lisboa está dominado pelos artistas mais novos, o que é deveras positivo. Carla Tavares, na Galeria Novo Século, apresenta “Suave Acometida”, num registo cheio de referências actuais[...]”.
Manifestando uma evidente solidão pausada, onde o silêncio se converte em companheiro e confidente, Carla Tavares busca na fragilidade a essência bela das coisas, os mundos escondidos em que habitam os sonhos, a música, a literatura e, inclusivamente as obsessões.
Por isso é que, em certa medida, a sensibilidade das suas técnicas mistas parece não poder conter-se só no entorno físico das mesmas, pelo que Carla Tavares constrói um mundo mágico, de inquietante fantasia, em criações cheias de mistério que vão ganhando sentido à medida que se percebe em solidão o rumor calado das vozes que enchem os seus espaços.[...]
Rodrigues Vaz (Revista Tempo Livre; edição 175 - Outubro 2006)
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